“Em matéria de alargamento temos aqueles que, com uma posição realista, têm um optimismo moderado e os que fazem um exercício permanente de pessimismo arrogante”. O líder parlamentar dos populares, disse ter sido este o primeiro debate depois do levantamento do procedimento por défice excessivo a Portugal, por parte da Comissão Europeia. Daí, ser esta uma oportunidade indiscutível para se fazer mais justiça social e nessa matéria felicitou o Governo pela decisão recente de finalmente se fazer justiça aos ex-combatentes.
Já quanto à oposição, o líder parlamentar do CDS-PP, referiu-se ao facto de “a oposição em geral ter uma espécie de avaria no barómetro do contentamento. De ter de alguma forma o barómetro do contentamento ou do descontentamento avariado”.
Começando pelo Partido Socialista, realçou que é óbvio que “o partido que pôs Portugal à beira do cartão vermelho, do descontrole financeiro e que deixou o país com a corda no pescoço, no momento em que essa corda é retirada não tem sequer a humildade de o reconhecer e de se congratular”.
Já quanto aos comunistas, Telmo Correia lembrou que a entrada de países do Bloco de Leste na União Europeia é, para eles, uma tristeza, logo à partida porque acabou o Bloco de Leste. E mais: “se o PCP tivesse ganho o processo revolucionário, e se não tivesse havido o 25 de Novembro, Portugal talvez só agora estivesse finalmente a pedir a adesão à União Europeia.”
Telmo Correia considera que o pessimismo aumenta ainda mais, à medida que se caminha mais para a esquerda parlamentar. Não querendo “deixar de fora a extrema-esquerda, como é evidente”, o presidente do Grupo Parlamentar centrista considerou que aí o pessimismo é completo: “É tudo negro, é o manto negro, é a desgraça, é o país triste, é uma espécie de realidade urbana depressiva permanente que se abate sobre o nosso país”.
Telmo Correia acusou ainda o Bloco de Esquerda de falsear a verdade, acusando mesmo Francisco Louça de ter enganado o país ao dizer que tinha acabado a investigação criminal em Portugal a dado ponto, depois da saída de uma determinada directora: “Não acabou Dr. Louçã! O senhor enganou o Pais.” – sublinhou.
O líder parlamentar do CDS acusou ainda o dirigente do BE, o nosso amigo Francisco Anacleto Louçã, de “ver Portugal como um filme de terror”, para o qual até sugeriu um slogan: “ele falseia tudo, ele deturpa tudo, ele só pode perder”.