quarta-feira, abril 28, 2004

O terceiro "D"

Na sessão evocativa do 25 de Abril na Assembleia Regional da Madeira, o líder do CDS-PP madeirense lembrou que falta concretizar a parte social do terceiro "D" do programa do MFA - a parte social do Desenvolvimento.
«O 25 de Abril valeu a pena pela Democracia que trouxe a Portugal e pela Autonomia que possibilitou à Madeira», começou por afirmar José Manuel Rodrigues, recordando que o que o seu partido sempre rejeitou foi «a revolução que pretendia transformar Portugal num país marxista-leninista governado por uma ditadura comunista».
Depois de fazer referências aos aspectos positivos e negativos do processo revolucionário que se seguiu ao 25 de Abril e à democracia consolidada posteriormente ao 25 de Novembro, incidiu o discurso nos três "D" do programa do Movimento das Forças Armadas: descolonizar, democratizar e desenvolver, prosseguindo a partir deste último "D" para fazer o balanço de trinta anos de democracia para a Região.
Depois de afirmar que «é inquestionável o desenvolvimento da Região nas últimas décadas, sobretudo na melhoria das condições de vida básicas das populações e na construção de uma nova rede viária», destacou que «é na evolução social e cultural que o modelo se revelou bem mais fraco em resultados».
Enumerou algumas das questões sociais mais prementes na Região para concluir: «É esta obra social que o Governo Regional não quis ou não soube fazer. É preciso menos investimento no betão e mais investimento nas pessoas.»
Por fim, exortou a que «a Madeira necessita de um novo ciclo de crescimento sustentável», defendendo uma nova era para a Madeira e Porto Santo que deverá assentar «numa nova política, numa nova economia, numa nova solidariedade».

[ DN-Madeira | Jornal da Madeira ]