Ontem à tarde, no final de uma reunião entre as duas instituições, no âmbito das jornadas do CDS-PP/Madeira sobre Economia, Turismo e Transportes, José Manuel Rodrigues, líder do CDS/PP na Madeira, afirmou: «Comungamos de algumas ideias sobre a evolução da economia regional». Ambas as instituições defendem que o Governo Regional deve criar incentivos ao investimento privado, no sentido de alterar as proporções actuais: 85% público e 15% privado.
Tal tem acontecido também por um incorrecto uso dos incentivos da União Europeia. «Nos QCAs, desde 1986, o sector público tem absorvido grande parte dos apoios», diz José Manuel Rodrigues. Exemplos dados pelo líder do CDS/PP: o PAR - Programa de Apoio Rural e a Formação Profissional. Em ambos os casos, o sector público usufruiu da maior parte dos fundos disponíveis, quando, frisou o líder democrata-cristão madeirense, estes deveriam ter dinamizado o sector privado.
Por isso, conclui o CDS/PP, «é necessário um novo ciclo económico, na região, onde o sector privado seja um dos motores da economia».
Pires de Lima afirmou estar de acordo com os três objectivos acabados de anunciar pelo Governo português, no âmbito da iniciativa “Portugal em Movimento”: (1) produtividade equivalente a 75% da média da União Europeia, aumentando dos actuais 60%: (2) exportações correspondendo a 40% do Produto Interno Bruto; e (3) investimento igual a 3% da riqueza criada anualmente - tudo objectivos a alcançar até 2010.
«Portugal precisa de entrar num ciclo positivo de crescimento e, acima de tudo, precisa de ter empresas mais sólidas, mais competitivas e produtivas, que dependam menos do Estado», realçou António Pires de Lima, acrescentando que «é necessário dar espaço à iniciativa privada, ao empresariado livre, porque pensamos que esse é o valor principal da economia de um País».
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