sexta-feira, abril 16, 2004

22 razões para manter as forças da coligação no Iraque (incluindo a GNR)

(1) Porque os próprios iraquianos querem que as tropas aliadas se mantenham: de acordo com uma sondagem da Oxford Research International de Fevereiro de 2004 – em parceria com a ARD, German Network TV, ABC News, New York Times, BBC e Japan's NHK – 54.1% dos iraquianos defendem que elas se mantenham até o governo iraquiano estar estabelecido (35.8%) ou até a segurança estar reestabelecida (18.3%). Só 15.1% diz que elas se devem retirar imediatamente.

(2) 56.5% dos iraquianos afirmam que as suas vidas são muito melhores ou bastante melhores do que há um ano atrás. 70% defendem que a sua vida é muito boa (13.4%) ou bastante boa (56.6%).

(3) De acordo com a mesma sondagem, 71% dos iraquianos têm a clara expectativa de que as suas vidas serão melhores (34.3%) ou muito melhores (36.7%) daqui a um ano. Só 6.6% pensam que serão piores.

(4) Campos de refugiados iraquianos das Nações Unidas ao longo das fronteiras estão a fechar, com os refugiados a regressar ao país de origem – é o caso do Campo de Ashrafi, durante 30 anos o maior campo de refugiados iraquianos.

(5) Apesar dos avisos da UNHCR (United Nations High Comission for Refugees) de que poderia não ser seguro, cerca de um milhão de iraquianos regressou ao país. A UNHCR esperava dois milhões de novos refugiados da guerra, mas não recebeu nenhum. Evitou-se a crise humanitária.

(6) Saddam Hussein está na prisão, os sanguinários filhos do ditador foram eliminados e, das 52 cartas do baralho, todas, à excepção de nove, estão num ou noutro dos citados endereços. Os tribunais iraquianos estão a começar a funcionar e uma Justiça de tipo ocidental está a ser construída.

(7) As baixas na coligação em Fevereiro foram as mais reduzidas desde que a guerra começou.

(8) Os ataques aos pipelines de petróleo no Iraque caíram em cerca de 75% desde o passado Outono.

(9) O fornecimento de água potável de antes da guerra - 12.9 milhões de litros - foi duplicado. O fornecimento de electricidade também já está a um nível superior do que no tempo de Saddam Hussein.

(10) As cidades históricas a sul do Iraque, devastadas por Saddam, estão a ser recuperadas, e dezenas de milhar de iraquianos puderam, assim, regressar às suas antigas casas.

(11) Financiamento à saúde pública é 25 vezes maior do que no ano passado e as taxas de imunização infantil cresceram 25%.

(12) O único porto internacional iraquiano foi modernizado e pode agora receber grandes navios sem ter de esperar pelas marés. Há 100 vezes mais partidas diárias de aviões comerciais do que antes da guerra.

(13) Frequência escolar subiu 10% em relação ao que era há um ano.

(14) Apesar de, precisamente antes do início da guerra, Saddam Hussein ter libertado das prisões tudo o que era bandido, as autoridades reportam que o crime em Basra caiu cerca de 70%.

(15) A “Constituição interina” no Iraque é a mais liberal do Mundo Árabe. 90% dos iraquianos desejam a democracia, ainda segundo a Oxford Research International.

(16) Conselhos municipais iraquianos começaram a funcionar. Como dizia Andrew Natsios, da Agência Internacional para o Desenvolvimento ("Spectator"), “os governos locais são a escola da democracia”.

(17) Como demonstram todas as sondagens, a maioria esmagadora dos portugueses confia e acredita na capacidade da NATO para ajudar Portugal a combater o terrorismo (sondagem do Instituto Superior de Comunicação Empresarial, "Público" de quarta-feira). Só 3% pensa que Portugal consegue combater sozinho o terrorismo. É do interesse nacional aumentar a segurança interna através da NATO, nomeadamente no combate ao terrorismo.

(18) Temos de ser fiéis aos nossos compromissos internacionais, nomeadamente no que diz respeito aos laços transatlânticos, para podermos depois também exigir apoio quando e se o País necessitar.

(19) É importante democratizar o Iraque para dar um exemplo à região. Um Iraque estável e democrático pode ser o início de uma solução para o Médio Oriente. Antes, é preciso instaurar a lei e a ordem.

(20) Ao contrário do que acontecia durante o regime de Saddam Hussein, o Iraque deixou hoje de ser uma ameaça para os países vizinhos.

(21) O regime não tinha aparentemente armas de destruição maciça mas dispunha de programas que possibilitariam reconstruí-las a qualquer momento. Foi o próprio chefe de inspectores, David Kay, quem o disse no Senado dos EUA. Neste momento, esta é menos uma preocupação para o Ocidente.

(22) Fez-se respeitar as resoluções do Conselho de Segurança da ONU que exigiam o desarmamento e o fim dos programas de Saddam Hussein para o desenvolvimento dessas armas. É preciso agora impedir que um novo ditador as possa vir a desenvolver.

Nota de rodapé: Todos os dados numéricos são ou das Nações Unidas ou da Oxford Research International. Ouviram-se os mais descabelados e demagógicos disparates sobre esta última sondagem, provenientes sobretudo da extrema-esquerda. Não é minimamente razoável admitir que o anti-Bush New York Times, a anti-Blair e anti-Bush BBC, ou a German Network Television, fossem capazes de patrocinar e publicar uma sondagem que não fosse credível. Como é.