terça-feira, abril 27, 2004

Onde se lembra Isabel do Carmo, o PRP, o PREC e o pós-PREC

Se calhar há gente esquecida, a querer esquecer-se ou a querer que se esqueça.
Mas, do importante ensaio da autoria de Vasco Pulido Valente, publicado domingo passado do Diário de Notícias e onde o PREC (Processo Revolucionário em Curso, como então se dizia) é passado em revista, citamos um breve excerto:

«De Setembro [de 1975] em diante, Otelo foi uma força anárquica: entregou armas (3.000 G3), sem razão ou desculpa, aos civis do PRP; indisciplinou e politizou a parte do Exército que lhe estava entregue; não mexeu um dedo para eliminar uma associação secreta de soldados (os SUV) ou para evitar que um grupúsculo de Esquerda ocupasse a Rádio Renascença; assistiu sem intervir a um cerco ao Governo (em S. Bento) e ao assalto à Embaixada de Espanha; permitiu um segundo cerco, agora à Constituinte; protegeu manifestações do PC e da Extrema-Esquerda ; deixou, pelo silêncio, que se inventassem boatos de "golpes" da Direita e que o PRP apelasse à insurreição armada, na mais total impunidade

Além disso, já depois do 25 de Novembro, há o mais que a imprensa cita: "Isabel do Carmo esteve presa entre 1978 e 1982, sendo o Partido Revolucionário do Proletariado (PRP) - partido que fundou antes da revolução - acusado de acções terroristas."
Assim... a Ordem da Liberdade!!?
Qual liberdade?
Havendo arrependimento ou mudança, não se trata de perseguir. Mas... condecorar!?
O CDS-PP dissociou-se da cerimónia de condecoração de Isabel do Carmo.

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