Reagindo rapidamente ao anúncio por Zapatero de retirada imediata das tropas espanholas do Iraque, o
líder extremista xiita, inspirador da recente onda de violência,
Moqtada al-Sadr,
apelou aos seus apoiantes para que ponham fim aos ataques contra as tropas espanholas. Fica a dúvida:
terá havido negociação?
Isto, além daquela "negociação" que se processa abertamente, todos os dias, na praça pública e que al-Sadr se sente encorajado a ampliar.
"Apelamos a que seja assegurada a segurança das tropas espanholas até à sua partida do Iraque, desde que estas não cometam agressões contra o povo iraquiano" , afirmou à AFP um colaborador próximo de al-Sadr, Qais al-Khazaali, prosseguindo:
"Os outros países que enviaram tropas para o Iraque estão convidados a seguir o exemplo de Espanha e a retirar as suas forças a fim de perservar a vida dos seus soldados".
Com a devida vénia: cartoon de Gary Varvel do The Indianapolis Star-News, em 15/4/04.
Entretanto, vão sendo conhecidas as reacções internacionais à decisão de Zapatero. Os
EUA mostraram-se
não surpreendidos e, oficialmente, desvalorizaram o facto. Já o candidato democrata
John Kerry criticou o gesto e manifestou o seu desapontamento. O
Governo francês não quis comentar, mas
exprimiu o desejo de que a Espanha continue a participar na reconstrução do Iraque, solidariamente com todos os países europeus. O
Conselho de Governo do Iraque exprimiu a
esperança de que não seja uma concessão ao terrorismo. Em
Itália as
opiniões estão divididas entre os que apoiam e os que criticam asperamente o que consideram ser uma decisão anti-europeia.