terça-feira, maio 18, 2004

Sobe & Desce

A SUBIR

Força Portugal
Contra factos, não há argumentos, mesmo quando a EQT (Esquerda-Que-Temos) desce ao nível zero da política e tenta contrariar a evidência: como disse na entrevista à SIC o primeiro-ministro, Durão Barroso, ninguém pode ter dúvidas de que a coligação Força Portugal apresenta a melhor lista com os melhores e os mais preparados e conhecedores candidatos ao Parlamento Europeu. A começar pelo nosso cabeça-de-lista, o antigo comissário europeu, João de Deus Pinheiro, que tem procurado marcar o seu discurso pela positiva contra o discurso cinzento, ultrapassado e deprimido da OBA (Oposição-Bota-Abaixo). O CDS/PP também fez questão de se apresentar na sua maior força, desde logo com os eurodeputados Luís Queiró e Ribeiro e Castro, que apresentam como significativa mais-valia as inúmeras provas dadas de trabalho incansável em prol do País e das causas nacionais.

António Champalimaud
O blog do Caldas curva-se perante a memória daquele que é certamente o maior empresário português de todos os tempos. António de Sommer Champalimaud marcou o séc. XX com a sua capacidade de empreendimento e liderança, sobrevivendo sempre com enorme capacidade e fulgor aos mais violentos ataques desferidos contra as suas empresas e a sua família. Mesmo quem não concorde com algumas das suas posições - muitas vezes cáusticas sobre o estado da política em Portugal - poderá alguma vez pôr em causa o gigantesco legado que deixou e a lúcida perspectiva de futuro que sempre demonstrou. O seu último gesto, ao oferecer ao País uma Fundação inteiramente dedicada à Saúde, que fez questão em ser presidida por Leonor Beleza, é uma bofetada de luva branca a todos aqueles que, sem qualquer vergonha, mesmo na hora da morte, o pretenderam atacar. São os tais pequenos demais para sequer o conseguir atingir.

Comunicação social
É sempre bom quando se pode aplaudir uma imprensa que revela memória histórica. É verdade que foi necessário que Pacheco Pereira, Vasco Graça Moura, Rui Ramos e alguns blogues - entre os quais, O blog do Caldas - viessem lembrar o silêncio ensurdecedor da esquerda mediática em relação ao "Relatório da Comissão de Averiguação de Violências sobre Presos sujeitos às Autoridades Militares" (Imprensa Nacional, 1976), onde se contam algumas das mais tenebrosas torturas infligidas a vítimas inocentes durante o PREC. A verdade é que esta recordação dá uma vez mais razão à linha de distância que o CDS e a restante direita democrática sempre traçaram em relação aos comportamentos aviltantes de alguns revolucionários de trazer por casa. Como ainda recentemente disse o líder do CDS/PP, Paulo Portas, não damos, nem daremos nunca cobertura a bombistas e torcionários afins. Porque podemos perdoar, mas não se pode esquecer.


A DESCER

António Costa
Nós sabemos que a lista do PS mais parece um grupo de socialistas e pré-reformados sempre em fuga aos problemas que ajudaram a criar, desta feita dos possíveis efeitos colaterais da liderança calamitosa de Ferro Rodrigues. Mas o deputado e candidato ao Parlamento Europeu, António Costa, exagera na pura demagogia e na mais desenfreada mentira (ver Mentiroso e Sem Classe). Ao afirmar que "os candidatos do PP na lista da coligação vão sentar-se na extrema-direita do Parlamento Europeu", Costa mente com todos os dentes que tem na boca. Como todos sabem, o grupo UEN-"União para a Europa das Nações", onde se integram os deputados do CDS-PP, é um respeitável e respeitado grupo no Parlamento Europeu, reunindo partidos de direita democrática e de centro-direita, onde se destaca o Fianna Fail, partido do Governo da Irlanda e que actualmente ocupa a presidência irlandesa da União Europeia. É tão simples como isto: contra a mentira, repete-se a verdade.

EQT
À falta de razão, a esquerda mediática encontra sempre umas desculpas esfarrapadas. Depois de Pacheco Pereira, Vasco Graça Moura e Rui Ramos terem referido e citado o "Relatório da Comissão de Averiguação de Violências sobre Presos sujeitos às Autoridades Militares", onde se revelam algumas das mais tenebrosas torturas praticadas no PREC - eufemisticamente descritas pela esquerda como "sevícias" - tinha de aparecer o argumento do "relativismo". Ou seja, segundo a esquerda mediática, quem cita o Relatório está implicitamente a justificar as torturas praticadas no Iraque. Como se todos nós - e O blog do Caldas fê-lo desde o primeiro minuto - não tivéssemos condenado os actos bárbaros e inaceitáveis praticados no Iraque, exigindo que fossem encontrados e devidamente punidos os responsáveis por tais actividades. Não, o relativismo não é nosso, é da EQT (Esquerda-Que-Temos): perante a recordação dos crimes praticados em 1975, foi ela que não se manifestou, nem condenou, preferindo adoptar o silêncio dos culpados.

Ferro Rodrigues
«Não admitimos que haja uma Europa europeia e uma Europa pró-senhor Bush», disse na terça-feira aquele que tenta passar pelo chefe máximo da OBA (Oposição-Bota-Abaixo) - ainda que todos saibamos que se limita assim a servir de papagaio cor-de-rosa do verdadeiro líder, Francisco Louçã de seu nome. Ferro não percebe que não há diferenças entre uma "Europa europeia" e uma Europa aliada dos Estados Unidos - bem pelo contrário, a "Europa europeia" construiu-se sempre com o apoio solidário de Washington, nos melhores e nos piores momentos, nomeadamente através da NATO. Ferro não percebe também que está assim a dar aos portugueses uma muito útil indicação do que significa o voto no PS: nem mais, nem menos do que um perigoso seguidismo em relação aos socialistas espanhóis de Zapatero, desde logo no anti-americanismo primário, colocando em causa o interesse nacional. Pelo contrário, votar Força Portugal é optar por uma política externa portuguesa independente, aliás na tradição que sempre contribuiu para o bem do País.