sábado, maio 15, 2004

De aluno exemplar a mau exemplo, graças ao PS

O cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP, Deus Pinheiro, disse ontem na Curia que Portugal passou de «exemplar a mau aluno» na Europa com os governos socialistas e defendeu que os futuros eurodeputados devem ser «embaixadores» dos interesses portugueses.
O primeiro candidato da lista da coligação “Força Portugal” às eleições europeias de 13 de Junho destacou o «momento fundamental» da construção europeia, em que o Parlamento Europeu será o «centro das decisões e da respectiva formatação» na Europa alargada, preconizando, por isso, que Portugal precisa de eleger «embaixadores credíveis, atentos e informados» para aquele órgão.
«Já fomos um caso exemplar e com o Governo PS passámos a mau exemplo», disse João de Deus Pinheiro, ao falar na abertura de um seminário para candidatos e directores de campanha da “Força Portugal”, que decorre até amanhã na Curia, Anadia.
Descrevendo «a receita socialista» que, em sua opinião, levou a economia portuguesa a perder competitividade, Deus Pinheiro referiu que «os salários aumentaram duas vezes mais que a média europeia» e que «o endividamento familiar e das empresas aumentou para o dobro».
«O Governo socialista fugiu por não ter a coragem necessária» para aplicar «o remédio, que passa pelo controlo rigoroso da despesa pública e pelas reformas estruturais», afirmou Deus Pinheiro, dando como exemplos a reforma da segurança social e das leis laborais.
Na abertura do seminário, o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, falou na «posição clara» da coligação “Força Portugal” a favor do vínculo transatlântico em matéria de segurança e defesa europeias, em contraponto às «perigosas» tendências «isolacionistas da Europa», que têm na lista do PS defensores «radicais e extremistas».
«A coligação ‘Força Portugal’ tem uma linha clara euro-atlântica, enquanto no PS cada cabeça sua sentença», afirmou o líder do CDS.
O líder dos populares salientou ainda a importância das eleições europeias de 13 de Junho, «não pelos motivos da oposição, mas por razões nacionais», bem como a necessidade de evitar «o regresso ao passado e permitir às esquerdas que façam a festa que Portugal não quer», porque «é deitar fora o esforço do país».
«Quem merece o voto? Quem criou os problemas, o PS e Sousa Franco, ou a coligação, cujo Governo os resolveu?», questionou.
O seminário para candidatos e directores de campanha da “Força Portugal” prolonga-se até amanhã, estando prevista para hoje uma intervenção do líder do PSD, Durão Barroso, sobre “A importância das eleições europeias”.
Força Portugal!

[ Diário de Coimbra | Público]