domingo, maio 16, 2004

As aves agoirentas querem crise política

Durão Barroso participou ontem, na Curia, num seminário de candidatos da coligação Força Portugal ao Parlamento Europeu, onde esteve também o cabeça de lista, João de Deus Pinheiro. Ao deparar com cartazes da candidatura do PS, o líder laranja olhou para «aquelas caras, a começar pelo cabeça de lista», e só viu «aves agoirentas do passado, do Governo que levou o País» para a «lista negra da Europa», de quem, «quando surge qualquer notícia positiva, procuram escondê-la» e «quando há alguma notícia menos boa, tentam amplificá-la».
A coligação «representa o futuro» enquanto o PS significa «o passado, o voltar atrás», àquilo que «os portugueses não querem», disse o líder social-democrata, justificando o optimismo com que encara as eleições. «A oposição está com a sua arrogância a dizer que vai ganhar, mas nós é que vamos ganhar, porque pomos os interesses do País acima do cálculo partidário», disse.
«A juventude não deve ter pachorra para aquelas caras, que significam o que há de mais doentio na sociedade portuguesa: a falta de confiança, a falta de auto-estima e de valorização do que é nosso, a maledicência, a sistemática descrença», insistiu o líder laranja.
Durão considerou que a oposição é «liderada por um pequeno partido radical, que perdeu as estribeiras» e «é uma espécie de tablóide», que «atira lama para a ventoinha, na esperança de que todos saiam prejudicados». Mas «não é normal que o PS se deixe levar» por esses métodos, por uma estratégia que «pretende lançar uma crise política a seguir às eleições». Mesmo quem discorda de algumas medidas do Governo, concluiu, «não quer instabilidade».


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