A SUBIR
Governo
Saber que os ministros das Finanças da União Europeia decidiram "por consenso" retirar Portugal da lista de países com défice excessivo, como anunciou hoje a Agência Lusa, só pode ser vista como uma vitória da política de rigor do actual Governo, desde logo da ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite. Mas também como uma colossal derrota para a EQT (Esquerda-Que-Temos), que tudo fez e fará para denegrir a coligação no poder, mesmo quando é o bom-nome e a credibilidade internacional do País que está em causa, mesmo quando foi precisamente a EQT que criou a situação de instabilidade, fugindo a sete pés das responsabilidades assumidas perante todos os portugueses.
Paulo Portas
Como o presidente do nosso partido disse esta semana em Vale de Cambra, "o eleitorado não pode dar à esquerda a vitória nas eleições europeias, porque o país fez um grande esforço para endireitar as contas públicas que essa esquerda deixou desgovernadas". De facto, apesar das tentativas sucessivas de alguma comunicação social paga fazer esquecer os tristes anos do consulado de Guterres, os portugueses não podem deixar de ter memória, sobretudo quando está em causa o futuro de Portugal. No jantar comemorativo do primeiro Conselho Nacional do CDS (Aveiro, Maio 1975), integrado nas celebrações dos 30 anos do partido, e durante o qual foi também empossada a nova equipa distrital de Aveiro, o líder "popular" centrou o discurso nas eleições europeias "para dar orientações ao eleitorado". Porque "as contas que outros deixaram desgovernadas" têm de ser acertadas já nas próximas europeias. Força, Portugal!
F.C.Porto
O blog do Caldas também não gosta de confundir política com futebol, mas aqui está um caso de sucesso que contribui apenas e só para elevar o nome do País no Mundo. Com uma maioria esmagadora de jogadores portugueses e um treinador português, o F.C.Porto conseguiu chegar com brilhantismo à final da Liga dos Campeões Europeus - e, agora, só falta ganhar a prestigiada Taça europeia. Com muito trabalho e esforço, dedicação e empenho, o exemplo desta equipa deveria ser seguida por todos aqueles que mais não sabem do que criticar e destruir o trabalho dos outros. Ferro Rodrigues y sus muchachos poderiam aprender alguma coisa com estes exemplos, mas tudo indica que vão continuar a assoprar nos seus apitos dourados.
A DESCER
Desemprego
Por vezes somos criticados por criticar o silêncio absurdo de alguma comunicação social em relação às actividades partidárias do CDS e também às vitórias do Governo. Diga-se que O blog do Caldas tem todo o respeito pelos jornalistas imparciais e rigorosos, mas não pode ficar calado quando assiste a verdadeiras novas formas de censura, mais ou menos encapotada. Foi o caso da notícia desta semana sobre a descida oficial da taxa de desemprego em Abril: afinal de contas, representou quase dois por cento em relação a Março. Pois bem: aquilo que seria manchete em todos os jornais, caso a tendência fosse de crescimento, passou despercebida em meras secções de economia de alguma imprensa da especialidade. Mas que o desemprego desceu 1,9%, lá isso ninguém pode negar.
Sousa Franco
O pai do défice excessivo devia estar hoje em profunda meditação, expiando os males que provocou à credibilidade de Portugal junto das instituições europeias e internacionais. Esperava-se, no mínimo, um mea culpa por ter contribuído decisivamente para mergulhar Portugal uma das maiores crises económico-financeiras das últimas décadas. Mas nada disso: o seu partido prefere distribuir apitos dourados e cartões amarelos, ainda assim dizendo que pretende combater a abstenção. De facto, quem é de esquerda deve andar a dar razão a José Saramago, na campanha que o escritor fez a propósito do voto em branco. Não repetimos outra vez as palavras recentes de Arnaldo Matos sobre o carácter pouco higiénico da EQT (ver Prémio "Fala quem sabe"), mas que o diz com conhecimento de causa, lá isso diz.
Ferro Rodrigues, o grande líder da OBA
É preciso ter alguma falta de vergonha para, no dia em que a União Europeia informa que Portugal foi retirado da lista dos países com défice excessivo, uma situação para a qual contribuiu activamente, o secretário-geral do PS venha a público comentar meras previsões da OCDE. Ainda por cima instrumentalizando a visita a Belém de uma delegação socialista. Esperava-se, pelo menos algum respeito pelo Presidente da República, mas tudo isto é o retrato da OBA (Oposição-Bota-Abaixo) a que infelizmente temos direito: contra factos, prefere as suposições - desde que sejam negativas para a imagem do País, é evidente. A OBA não faz, desfaz; a OBA não constrói, destrói; a OBA não defende o interesse nacional, só pensa no interesse eleitoral. Com esta OBA não vamos longe. Nem o País, nem ela própria, coitada da OBA.