A Universidade do Minho realizou, no passado dia 4, um debate sobre a questão do aborto. A iniciativa, realizada no âmbito da VIII Semana de Direito, teve uma concorrida assistência de cerca de uma centena de alunos e juntou à mesma mesa um sacerdote e cinco deputados dos principais partidos com assento parlamentar.
O tema dividiu os participantes, apresentando-se contra a alteração da Lei do Aborto os deputados do PSD e CDS-PP e a favor os deputados do PS, PCP e Bloco de Esquerda.
Goretti Machado, eleita pelo PSD, começou por dizer que estava ali para defender duas vidas, a da mulher e a do bebé, e que "a interrupção voluntária de uma gravidez é sempre um acto de violência física, moral, humana e social".
Nuno Melo, deputado do CDS-PP, manifestou-se convictamente contra a despenalização, adiantando que enquanto legislador jamais contribuirá para que o aborto seja liberalizado. Acrescentou que o acto já é permitido em três situações particulares (quando há violação da mulher, perigo de vida para a mãe ou mal formação do feto) e que a despenalização não iria acabar com os abortos clandestinos.
[ Diário do Minho | Distrital de Braga CDS/PP ]