quinta-feira, maio 20, 2004

Paulo Portas anuncia concurso para compra de cinco lanchas, no quadro de reequipamento geral da Armada

Lanchas irão reforçar o «combate à droga, ao contrabando e à pesca ilegal»

O ministro da Defesa, Paulo Portas, anunciou hoje a abertura de um concurso para a compra de cinco lanchas costeiras, sublinhando que este é um exemplo do esforço do Governo para reequipar a Marinha.
Para Paulo Portas, que assinou a abertura daquele concurso no avião que o transportou para Viana do Castelo, onde presidiu à sessão solene do Dia da Marinha, a aquisição das lanchas vai reforçar "o combate à droga e ao contrabando e a fiscalização da pesca ilegal".
Além das lanchas, o ministro referiu-se aos submarinos e às corvetas, todos com cerca de 40 anos, e à inexistência em Portugal de navios de combate à poluição para sublinhar que, quando o actual Governo assumiu funções, "a situação da Marinha era muito complicada".
"Apesar das dificuldades orçamentais, nós tomámos as providências necessárias para, passo a passo, renovar meios que são muito antigos", acrescentou.
O primeiro passo foi a substituição das corvetas por navios de patrulha oceânica, estando dois em construção nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, um facto que Paulo Portas sublinhou por estar "a dar trabalho a operários portugueses num projecto que é de inteligência portuguesa".
O ministro de Estado e da Defesa Nacional falou também nos navios de combate à poluição, "que, tal como os patrulhões, tinham sido prometidos, mas nunca foram feitos" e que vão igualmente ser construídos em Viana do Castelo, de acordo com um contrato assinado quarta-feira, em Lisboa.
Portas aludiu ainda à renovação da capacidade submarina de Portugal, com a aquisição de dois submarinos, numa negociação "que ninguém discutiu".
O Chefe de Estado-Maior da Armada, almirante Francisco Vidal Abreu, disse que se trata de "sinais fortíssimos da vontade política em renovar a Marinha", pelo que se manifestou convicto de que, em 2010, "Portugal terá uma nova Marinha".
"Sei que se está a fazer em oito anos o que se deveria fazer em vinte. Mas a resistência dos materiais tem limites", referiu o almirante Vidal Abreu, salientando que as actuais fragatas, o reabastecedor de esquadra e os navios de fiscalização costeira não conseguirão chegar a 2010.

[ Portugal Diário ]