Em Dezembro de 2002, quando Oswaldo Payá (líder do Movimiento Cristiano de Liberación e um dos dirigentes do Proyecto Varela) esteve em Estrasburgo para receber o Prémio Sakharov 2002, este movimento cívico tinha conseguido mais de 11.000 assinaturas, directamente entregues no parlamento cubano. Em Outubro de 2003, já depois da grande e brutal vaga repressiva de Março 2003, o Proyecto Varela entregou mais 14 mil assinaturas. A Constituição cubana exige 10.000 assinaturas para a realização de um referendo. Fidel insiste em não fazer referendo algum.
Francisco de Armas deslocou-se, esta semana, ao Parlamento Europeu para reuniões com diferentes grupos políticos e deputados, interessados em conhecer o desenvolvimento do movimento democrático em Cuba, nomedamente após o agravamento da brutal repressão castrista. Há um ano atrás, este democrata cubano - filho de exilados cubanos e já nascido no exílio, em Porto Rico - esteve no Congresso norte-americano.
Luís Queiró e Ribeiro e Castro, que o receberam também em nome do grupo UEN, exprimiram nomeadamente a sua determinação em, na próxima legislatura, ver prosseguida a Iniciativa Sakharov, por forma a que Oswaldo Payá possa finalmente voltar à Europa e ser recebido nomeadamente no Parlamento Europeu. Recorde-se que, neste quadro, Payá, só nos nos últimos seis meses, já foi retido em Havana e impedido por Fidel de viajar até Bruxelas ou Estrasburgo, em quatro ocasiões: 1 de Dezembro, 29 de Janeiro, 6 de Abril e 26 de Abril.
O Parlamento Europeu respondeu com um "convite aberto" que se mantém: venha quando possa, venha quando se conseguir que Fidel deixe.
Mais um escândalo da ditadura cubana! Uma vergonha!
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