«Este MFA representava de algum modo o transitório e impossível equilíbrio entre esta nova legitimidade social e a legalidade burguesa. O seu confronto era inevitável, e uma política que o preparasse conscientemente para conquistar o máximo de posições para os trabalhadores e a sua luta, só podia ser a que desenvolvesse dois aspectos que a realidade ia revelando: esses organismos de auto-organização das massas, libertando-os das ilusões quando ao papel do MFA ou da 'democracia nacional', e permitindo assim a sua caminhada para se assumirem como poder alternativo - e isso implicava a aliança com os soldados; e a unidade operária, desafio e confronto com as políticas das direcções o PS e do PCP.»
Francisco Anacleto Louçã, "Ensaio para uma Revolução", Cadernos Marxistas, 1984