Paulo Portas alertou ontem que os norte-americanos "são a melhor garantia de segurança dos europeus". Aliás, "sem as instituições internacionais", como as Nações Unidas, a Aliança Atlântica e a União Europeia, "não pode haver uma resposta eficaz" contra o terrorismo, sublinhou.
Num discurso inteiramente dedicado às questões da segurança e do terrorismo, na reunião do Conselho Nacional do CDS-PP, em Santarém, o presidente do partido desferiu recados internos que tiveram sempre como ponto de partida os atentados em Madrid.
Farpas indirectas à Esquerda, como: "Que ninguém pense que quem defende a impunidade dos terroristas garante alguma espécie de imunidade às sociedades".
Aos conselheiros, o também ministro da Defesa sublinhou que a Europa não pode esquecer-se que nos últimos anos desinvestiu no armamento e o valor da Aliança Atlântica é cotável em "50 anos de paz".
"Não se deita isso fora, nem se põe em risco em nome de critérios mais emocionais ou demagógicos", defendeu, depois de argumentar, que os europeus e os norte-americanos partilham os mesmos "valores fundacionais": a crença na liberdade.
A retirada da GNR do Iraque seria para o ministro da Defesa um sinal para os terroristas de que "além de porem bombas poderiam triunfar", pelo que os militares portugueses precisam é de um sinal de "lealdade e apoio".
O terrorismo "é a praga do século XXI" e uma ameaça global, pelo que a única resposta exequível reside na "firmeza, na dignidade e na eficiência" das medidas e posições. Em contrapartida, criticou, "quem defende o diálogo com organizações terroristas está a admitir que o Estado se sente à mesa com criminosos". E isso, será a "rendição", alertou.
O ministro de Estado e da Defesa apontou como única forma de combate o reforço da cooperação entre os serviços de informações e as forças de segurança, os países e as organizações. [ Jornal de Notícias ]
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