Mário Soares voltou a atacar. Depois daquela do diálogo com o terrorismo global, apareceu a sustentar num colóquio que «Portugal está a viver a situação mais difícil desde o 25 de Abril de 1974».
[ TSF | Público online | Correio da Manhã ]
O blog do Caldas admira a corrida que Mário Soares empreende contra Louçã, Ferro e Carvalhas na disputa do título de líder da oposição e chefe da EQT (a Esquerda-que-temos). E compreende melhor que o líder histórico do PS queira contribuir para apagar as pesadas responsabilidades dos seus camaradas socialistas na crise financeira em que deixaram o país.
Mas lamenta não só a desastrada tentativa de branqueamento do gonçalvismo, mas também a claríssima falta de memória de Mário Soares, esquecido do absoluto desastre que foi sobretudo o seu governo chamado do “Bloco Central” (1983/85).
Hoje, no O INDEPENDENTE, Constança Cunha e Sá tem uma ideia luminosa:
«Parte-se do princípio de que o Dr. Soares, na sua qualidade de ex-Presidente da República, deve comportar-se como uma múmia de Estado: grave, quieto e consensual. Dá ideia que, se pudessem, o enfiavam numa montra, transformado numa peça de museu, de forma a poder ser visto, regularmente com respeito e consideração.»
Constança Cunha e Sá apresenta a ideia, para logo discordar dela. É pena. A nós, pareceu-nos uma excelente sugestão. Uma ideia brilhante, até.