"Ao evocarmos efemérides de há 30 anos, recordaremos necessariamente muitos momentos de perseguição e de cerco. Os extremistas de esquerda nunca nos fizeram a vida fácil. E têm alguma razão nisso... Eles sabem que, connosco, o materialismo, o totalitarismo e a desumanidade das grandes fantasias não avançam e que, connosco, não imporão a sua tirania: nem na rua, nem no poder, nem no pensamento.
Mas não recordamos isso, porque seja um título de glória. É-o, na verdade, mas não é por isso. Recordamo-lo apenas porque foi mesmo assim: é uma realidade incontornável. Mas lembramo-lo com sentido de futuro, olhos para lá do horizonte, asas para voar mais alto, vigor para seguir sempre o caminho.
É certo que nos quiseram enclausurar num cerco. Mas nós vencemos o cerco. É certo que nos quiseram boicotar e destruir. Mas nós não deixámos. E cá estamos há 30 anos já, com a determinação de outros 30 anos mais e muitos mais a seguir.
As comemorações dos 30 anos começam hoje, aqui, no Palácio dos Pestanas, para representar isso mesmo: não quiseram deixar-nos fazer o nosso I Congresso, no Palácio de Cristal. Mas nós fizémo-lo mesmo, aqui mesmo, nesta sala, e seguimos em frente, por cima do cerco, para lá do muro, para a estrada que é nossa."
Palavras de Ribeiro e Castro, na sessão de abertura das comemorações dos 30 anos do partido.