Mário Soares, prosseguindo a sua obsessão com o partido dos democrata-cristãos, escreveu, a propósito do 30.º aniversário da fundação do CDS tratar-se de uma formação partidária que «pôs em causa a República, porque tinha votado contra a Constituição».
No Porto, a mais este ataque injustificado, respondeu o presidente do CDS, Paulo Portas. Primeiro, estranhando que alguém possa criticar nesses termos o supremo exercício da liberdade e da democracia: o direito de discordar e ... de o dizer. Depois, recordando que, pouco depois desse voto no fecho da Assembleia Constituinte, o Primeiro-Ministro Mário Soares... fez um governo de coligação com o CDS. Foi o Governo PS/CDS, o II Governo Constitucional, em 1978.
Em que ficamos, na verdade: o que não fazia diferença em 1978, quando Soares mandava, já está mal em 2004, quando Soares não manda?