terça-feira, março 02, 2004

Não há pressa em estragar a Europa

Em Outubro de 2003, bem antes do tropeço da Cimeira de Bruxelas em Dezembro, já um deputado europeu do CDS/PP escrevia em "O Independente":

«Não há pressa em estragar a Europa. Diversamente da pressão dos maestros do directório, nada justifica uma CIG acelerada. E também não há motivo para que alguém se precipite a assinar o que não queira. Há muito tempo para, devagar e bem, se fazer a única reforma dos Tratados europeus que verdadeiramente interessa: uma reforma bem calibrada, que aprofunde a linha dos “pais fundadores” e resolva os verdadeiros problemas, procedendo com calma, com ponderação, com auscultação devida dos povos e dos cidadãos.»

O Presidente da República, em declarações de há dias, segundo o "Público", concorda:

"O Presidente da República defendeu ontem que mais vale levar mais tempo para concluir as negociações da futura Constituição europeia do que obter sob pressão uma solução provisória. Jorge Sampaio falava na abertura de um seminário organizado pelo Conselho Económico e Social para debater o futuro de Portugal na nova Europa alargada, que está a decorrer na Assembleia da República, em Lisboa. Abordando pela primeira vez de uma forma directa o fracasso das negociações da Constituição europeia, o Presidente considerou que houve "alguma precipitação" na fixação dos calendários das negociações, quer na Convenção (que terminou "sob pressão"), quer na própria Conferência Intergovernamental, e que o risco de querer fechar as negociações de qualquer maneira continua a existir."

Les bons esprits...