sexta-feira, julho 23, 2004

II Congresso do CDS - Julho 1976




O II Congresso confirmaria a matriz democrata-cristã do partido, que já ressaltava no programa aprovado em 1975. Teve como lema "Pelo personalismo cristão: um compromisso popular e europeu". Reuniu em Lisboa, no Cinema Alvalade, em 23 a 25 de Julho de 1976 e reelegeu Diogo Freitas do Amaral como Presidente. Adelino Amaro da Costa seria eleito Vice-Presidente e Basílio Horta Secretário-Geral.

segunda-feira, julho 19, 2004

CDS - 30 anos



Largo do Caldas, 19 de Julho de 1974

Conferência de imprensa de apresentação do CDS e da Declaração de Princípios do partido - da esquerda para a direita: Luís Moreno, Valentim Xavier Pintado, Teresa Forjaz, Diogo Freitas do Amaral (de pé) e Adelino Amaro da Costa

sábado, julho 10, 2004

Declaração do Dr. Paulo Portas face à resolução do Presidente da República de não dissolver o Parlamento.

DECLARAÇÃO

O Senhor Presidente da República acaba de fazer uma comunicação ao país. Através dela, ficámos a saber que o Chefe de Estado solicita a indigitação de um novo Primeiro-Ministro não dissolve o Parlamento.

O CDS, partido institucional e institucionalista, considerou, desde o início, que o papel do Presidente da República numa situação como esta era e é central, o que significa especial respeito pelas regras, prazos e os preceitos da Constituição; o que implica, também, aceitar a decisão presidencial. Respeitamos a decisão do Senhor Presidente, com a qual concordamos; respeitaríamos outra decisão, mesmo que dela discordássemos. A nossa visão do Chefe de Estado como referência nacional não permite outra atitude.

A decisão do Senhor Presidente da República tem ensinamentos importantes do ponto de vista do regime democrático.
Em princípio, uma democracia europeia é uma democracia em que o valor de estabilidade é muito importante. As legislaturas são de 4 anos e devem cumprir-se até ao fim, quando haja uma maioria estável com uma fiel vontade de cumprir o seu programa. Entendemos a conclusão deste processo e a sua decisão como expressão de um equilíbrio entre instituições e poderes que a Constituição consagra e a prática tem consolidado.

Em concreto, sabemos que os últimos dois anos foram muito difíceis. Fizeram-se muitos sacrifícios para pôr em ordem as finanças do país. Agora que há sinais de recuperação da economia, que a ideia da crise está a ficar para trás, sabemos que a estabilidade política é essencial para o crescimento económico e que o crescimento económico é o passaporte para a justiça social. Aqueles que mais sofrem, em especial as famílias onde há desemprego e as famílias de mais fracos rendimentos, merecem esperança e não incerteza. Os mais jovens para que têm direito a um país de oportunidades e os mais velhos que têm direito a uma sociedade que os reconhece, merecem esperança e não incerteza.

Pela nossa parte, sabemos que a estabilidade é uma responsabilidade. É com fidelidade a um programa, sentido de continuidade face ao caminho já traçado, preocupação de coerência com as opções fundamentais das políticas públicas e vontade de bem-fazer que encaramos os próximos dois anos, e daremos o nosso contributo para uma solução positiva para Portugal.


Lisboa, 9 de Julho de 2004